Se o grão de trigo
Cair na terra e não morrer,
Solitário ficará
Mas se o grão de trigo
Cair na terra e então morrer
Ele frutificará
Ó Senhor, ouvi a minha justa causa
Escutai e Atendei o meu clamor!
Inclinai o vosso ouvido à minha prece,
Pois não existe falsidade nos meus lábios!
De vossa face é que me venha o julgamento
Pois vossos olhos sabem ver o que é justo
Não cometi nenhum pecado por palavras,
Como é costume acontecer em meio aos homens
Se o grão de trigo
Cair na terra e não morrer
Solitário ficará
Mas se o grão de trigo
Cair na terra e então morrer
Ele frutificará
Os meus passos eu firmei na vossa estrada
E por isso os meus pés não vacilaram
Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis
Inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
Protegei-me qual dos olhos a pupila
E guardai-me, à proteção de vossas asas
Longe dos ímpios violentos que me oprimem
Dos inimigos furiosos que me cercam
Se o grão de trigo
Cair na terra e não morrer
Solitário ficará
Mas se o grão de trigo
Cair na terra e então morrer
Ele frutificará
A abundância lhes fechou o coração
Em sua boca há só palavras orgulhosas
Os seus passos me perseguem, já me cercam
Voltam seus olhos contra mim: vão derrubar-me
Como um leão impaciente pela presa
Um leãozinho espreitando de emboscada
Levantai-vos, ó Senhor, contra o malvado
Com vossa espada abatei-o e libertai-me!
Se o grão de trigo
Cair na terra e não morrer,
Solitário ficará
Mas se o grão de trigo
Cair na terra e então morrer
Ele frutificará
Com vosso braço defendei-me desses homens
Que já encontram nesta vida a recompensa
Saciais com vossos bens...
Saciais com vossos bens o ventre deles
E seus filhos também hão de saciar-se
E ainda as sobras deixarão aos descendentes
Mas eu verei, justificado, a Vossa face
E ao despertar me saciará vossa presença
Se o grão de trigo cair na terra
E não morrer, solitário ficará,
Mas se o grão de trigo, cair na terra
E então morrer, ele frutificará... Frutificará...
Frutificará... Frutificará!